A maioria da nova cúpula da Câmara dos Deputados,
eleita ontem, defende que não seja cumprida a decisão do Supremo Tribunal
Federal que determinou a cassação automática do mandato dos quatro deputados
condenados no julgamento do mensalão.
Henrique Eduardo Alves, 64, que após 42 anos de
Legislativo ganhou a corrida e se tornou presidente da Casa, reafirmou ontem
que a palavra final sobre a perda dos mandatos é da Câmara. Quatro dos
outros seis membros da Mesa Diretora foram na mesma linha.
Com apoio de 20 partidos, o peemedebista foi
eleito com 271 votos, contra 165 de Júlio Delgado (PSB-MG). Em janeiro
Henrique Eduardo já havia dito que a palavra final era da Câmara. "Não
[abro mão de decidir], nem o Judiciário vai querer que isso aconteça",
disse à época. Ontem reforçou: "Essa é a lógica da Câmara, não é? Vai ser
finalizado aqui". (Informações da Folha de S.Paulo - Andreza Matais,
Márcio Falcão e Erich Decat)