(…)
A (in)segurança pública já se transformou em um imenso problema para o Palácio
da Abolição. Cid Gomes se elegeu com a bandeira da segurança, mas os índices
pioraram numa proporção escandalosa. Até aqui, apenas uma palavra do
governador. Foi em 26 de março passado. Vejam a seguir o que foi dito.
“O
maior desafio hoje é reduzir o número de homicídios no Ceará… O primeiro passo
é assumir que isso é uma realidade. O segundo é envolver toda a sociedade. O
nosso desafio é reduzir esses números no Ceará. Eu quero deixar registrado
publicamente, que esse desafio é um compromisso pessoal que assumo com o povo
cearense”.
Desde então, vale a
pergunta: foi estabelecida uma nova política de segurança capaz de oferecer os
resultados que todos esperam e capaz de, como disse o governador, envolver a
sociedade? Absolutamente, não. Que medidas de impacto foram tomadas para mudar
o rumo das coisas? Não se sabe.
Mas parece haver um fato
novo. Nos bastidores, comenta-se que o ex-governador Ciro Gomes é quem está no
comando de fato (não de direito) da segurança pública no Ceará. Talvez seja um
exagero. Talvez não. O mundo do “talvez” não nos oferece nenhum conforto. Pelo
contrário.
Sabe-se, também
extraoficialmente, que Ciro Gomes chegou a acompanhar uma batida policial no
Bairro Bom Jardim, em Fortaleza. Outra ação perceptível foi a colocação de
duplas de policiais em algumas esquinas dos bairros mais ricos da cidade (o
assaltante apenas evitará tais esquinas).
É o que, até aqui, se sabe.
Caso algo mais esteja em andamento, não se sabe. Muito melhor seria acabar com
essa indefinição e Ciro assumisse logo a pasta da Segurança.
Da coluna Fábio Campos, no O POVO deste domingo (5)