(...) “Dias atrás, eu havia sugerido que o ex-governador assumisse de vez o comando da segurança pública do Ceará. A ideia é que o fizesse oficialmente. Porém, ao falar para o distinto público, Ciro se portou como chefe da segurança e algo a mais, porém, sem precisar do Diário Oficial para tal.Como poderia dizer o, às vezes, muito sábio Lula, nunca antes na História desse País se viu situação mais peculiar. No Ceará cansado de guerra, criou-se um Frankestein institucional. Um poderoso secretário, que não é secretário.
Bem, prossigamos. A fala de Ciro Gomes era necessária? Será que se trata de uma
avaliação correta feita pela pessoa errada? Ou se trata de um grandioso
equívoco? O fato é que já foi dita e corre feito rastilho de pólvora. Pode
haver bananas de dinamite no fim.
É bom que separemos as coisas. O confronto do Governo com o movimento de
reivindicação dos PMs é um ponto do cenário. Outro ponto é a política de
combate à violência. Duas questões que parecem não se relacionar, embora a fala
de Ciro culpe o movimento pelo clima de terror vivenciado pela população.
De nossa parte, queremos ver o Governo tão empenhado em dar respostas à
insegurança quanto se mostrou em enfrentar esse movimento que, sim, é
legalmente questionável. Afinal, muitas cabeças já estão rolando. Cinco por
dia. 150 por mês. 1.800 por ano.”
(Coluna de Fábio
Campos – Opovo- de quinta-feira, 23 de maio)