Que a formação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é porta
de entrada para o mercado de engenharia e áreas afins ninguém duvida. Os
graduados cearenses pelo instituto sabem disso. O destino deles, muitas
vezes, é seguir carreira em empresas no Sul e Sudeste ou rumarem para o
exterior. Mas alguns decidem voltar.
“Grupos
econômicos começam a investir no Ceará. O movimento é causado pela
expansão industrial que o Estado tem observado nos últimos anos”,
destaca o coordenador das turmas do ITA e IME da Organização
Educacional Farias Brito, Francisco Teixeira Júnior. Dos 170 aprovados
na prova do ITA no ano, 61 são de Fortaleza, o representando 35% do
total. Segundo a Associação de Engenheiros do ITA no Ceará, entre
três e quatro graduados cearenses por turma retornam.
Anderson
Espíndola é formado pelo ITA. Após o término do curso, o interesse era
voltar para o Ceará. “Minha família reside aqui, mas meu foco era a área
profissional. Analisei duas propostas, sendo uma de Brasília e outra do
Ceará. Optei por fazer algo relacionado ao empreendedorismo”, afirma.
Com
os engenheiros Samuel Lima e José Artur Neto, outros dois cearenses do
ITA, segue com a Sun Grid, negócio voltado para mini e micro geração de
energia e destinada a empresas de pequeno, médio e grande porte.
“Avançamos na captação de recursos. A ideia é conseguir instalar vários
projetos”. Destaca também que, mesmo com a empresa estruturada no Ceará,
tem recebido ofertas para outros estados. “As propostas são para atuar
em São Paulo”, disse.
David Oliveira também fez o caminho de
volta. Atuava como analista de empresas de capital aberto no banco suíço
Credit Suisse. “Temos a oportunidade de crescimento no Nordeste. No
Ceará, as empresas começam a dar conta e buscam esses profissionais”.
Hoje David é gerente de tesouraria de uma empresa de desenvolvimento
urbano
em Fortaleza. (Opovo online)
em Fortaleza. (Opovo online)