O Brasil atravessa uma onda de intolerância.
Parte da população expressa o comportamento intolerante que em nada
condiz com o perfil de homem cordial do brasileiro. Nas redes sociais e
com reverberação sobretudo no Parlamento vemos manifestações extremadas
que levam ao agravamento dos antagonismos sem abertura para o diálogo.
A maturidade do debate que caracteriza a
democracia, diante deste quadro parece distante, e nada se faz para
melhorar a situação. São ostentados nas
redes sociais preconceito, racismo, homofobia exacerbada e atitudes de
agressão e desrespeito que fariam corar de vergonha o cidadão de
gerações mais respeitosas.
Adesivos infames ofendem a imagem da presidente Dilma.
O vídeo de um professor histérico que esbraveja contra a presidente em
viagem aos Estados Unidos viraliza na internet. Enquanto agridem o
governo, também o Brasil é vilipendiado com o símbolo da hierarquia
maior da República achincalhado nessa vulgaridade de rebaixamento ao
nível da sarjeta.
A jornalista Maju, garota do tempo do Jornal Nacional, é agredida à toa.
Leis são aprovadas no Parlamento com repercussões insustentáveis nesse
tempo de crise. Votação de emenda à Constituição aprovada num dia é
revertida no dia seguinte através de manobra na Câmara.
Um automatismo de atitudes tomadas sem
considerar a consequência predomina no cenário político. É preciso uma
consciência cidadã para acordar o país com seus agentes políticos e a
sociedade. É necessário que o Brasil se dê conta e não atire no próprio
pé. Do contrário, como aconselha a sabedoria popular: morrem os bois e
quem os tange!
Leônidas Cristino
Deputado Federal
Deputado Federal