quarta-feira, 1 de junho de 2016

SEIS EM CADA DEZ MUNICÍPIOS TÊM ROMBO NAS CONTAS

Num efeito dominó, o rombo dos orçamentos púbicos chegou ao elo mais fraco: as prefeituras. Com caixa mais apertado e pouca capacidade de arrecadação, os prefeitos têm lançado mão de várias medidas para fechar as contas: a lista do ajuste municipal inclui desde a demissão de funcionários até a redução do horário de expediente dos órgãos públicos. O malabarismo, porém, não deve ser suficiente: mais de 60% das prefeituras vão terminar o ano no vermelho, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Esta informação foi publicada no final de semana pelo jornal O Estado de São Paulo, onde analisa a difícil situação da maioria dos Municípios brasileiros que nos últimos anos têm buscado sensibilizar o governo federal e o Congresso Nacional, sem sucesso. Um dos caminhos da luta que se refere ano após ano, é a definição de um novo Pacto Federativo.
A deterioração das contas dos Municípios, assim como vem ocorrendo com os governos estaduais, tem como pano de fundo a grave crise fiscal que assola o Brasil. No caso dos Estados, o problema foi agravado pela combinação entre aumento da dívida e crescimento das despesas com pessoal. Nas prefeituras, o nó está na alta dependência das verbas da União, destaca o jornal. Com arrecadação mais fraca desde o ano passado, os prefeitos têm sido afetados pela queda nos repasses públicos. Hoje apenas 10% dos 5.570 Municípios do País têm arrecadação própria suficiente para bancar suas despesas.