A cúpula da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifestou “espanto” e “indignação” diante das “graves” denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato. Em nota divulgada nesta sexta-feira, 19, os dirigentes da entidade ressaltam que “saídas” para a atual crise devem respeitar e fortalecer o Estado democrático de direito. “Tais denúncias exigem rigorosa apuração, obedecendo-se sempre as garantias constitucionais”, ressalta o documento.
“Apurados os fatos, os autores dos atos ilícitos devem ser responsabilizados”, comenta a CNBB. “A vigilância e a participação política das nossas comunidades, dos movimentos sociais e da sociedade, como um todo, muito podem contribuir para elucidação dos fatos e defesa da ética, da justiça e do bem comum.”
O documento é assinado por dom Sérgio da Rocha Krieger, presidente da CNBB, dom Murilo Ramos, vice-presidente, e dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral. “A superação da grave crise vivida no Brasil exige o resgate da ética na política que desempenha papel fundamental na sociedade democrática. Urge um novo modo de fazer política, alicerçado nos valores da honestidade e da justiça social”, avaliam os religiosos.