O Congresso segue em
recesso de carnaval e só volta aos trabalhos na próxima semana, mas deputados
começaram a se mobilizar para dar uma resposta à iniciativa do
presidente Jair Bolsonaro de compartilhar vídeo que convoca
manifestação, em 15 de março, de apoio ao governo e contra o parlamento e o
Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma reunião está marcada para terça-feira,
entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes partidários, com
o objetivo de definir uma ação conjunta e enérgica. Embora muitos vejam crime
de responsabilidade na atitude do chefe do Executivo, lideranças de partidos,
mesmo as de oposição, não mencionam a possibilidade de impeachment.
Evitar falar em impeachment é a estratégia de deputados para obter um
consenso maior e definir uma resposta unificada. “Sair anunciando medidas ou
adotando caminhos pode provocar a desunião da Casa e demonstrar uma falta de
unidade do Congresso, o que seria péssimo”, argumentou Alessandro Molon
(PSB-RJ), líder da oposição na Câmara. O parlamentar classifica como
“extremamente grave” e “um ataque à democracia” a ação do presidente.