O governador do Ceará, Camilo Santana, recebeu, na segunda-feira, na sede do Palácio da Abolição, uma comitiva formada pelos ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e da Advocacia Geral da União, André Luiz Mendonça. Eles estiveram em Fortaleza para acompanhar as ações de segurança pública após a instauração da Garantia da Lei e da Ordem pelo Governo Federal.
“Quero agradecer ao pronto atendimento, em nome dos 9 milhões de cearenses, do pedido feito pelo Estado do Ceará da Garantia da Lei e da Ordem. Uma parcela das forças de segurança estadual, descumprindo a Constituição Federal, procura agir contra a lei e a coisa mais importante pra nós é a garantia da segurança da população cearense. Esse fato está ocorrendo mesmo após exaustivas negociações, acordos aceitos pelos representantes da categoria”, ponderou o chefe do Executivo Estadual.
“Estou iniciando meu sexto ano como governador desse Estado. Durante esse período, acho difícil ter algum Estado que tenha investido tanto em segurança pública, em equipamentos e valorização dos profissionais. Até 2019, aumentei em 86% a despesa com pessoal apenas com a segurança pública cearense. Propus uma reestruturação na carreira, em que até março de 2022 haveria uma melhoria salarial que varia de quase 50% até 100%”, disse Camilo Santana.
O governador enfatizou ainda que recebeu as entidades, abriu “uma comissão para a negociação com deputados de todos os partidos, inclusive com a presença do Ministério Público Estadual e depois de quase dez dias foi feito o acordo, que foi comemorado pelas entidades”. Os investimentos em folha de pagamento em segurança saltaram de R$ 338 milhões para R$ 495 milhões.
“O Estado sempre permitiu o diálogo com as forças de segurança, o que não podemos permitir é que grupos da segurança estejam fazendo o que a sociedade brasileira está acompanhando: com carapuças, balaclavas, usando as armas que a Constituição deu a concessão de proteger a sociedade e ameaçando. Ninguém está acima da lei”, informou.