Atuando na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19, as equipes de Enfermagem dos hospitais da rede pública da Secretaria da Saúde Ceará, do Governo do Estado, administrados pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) têm um papel imprescindível no atendimento aos pacientes. Com a missão de salvar vidas, os profissionais enfrentam diversos desafios.
Enfermeira há quase 10 anos, Alanna Serra trabalha na UTI Covid-19 do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, e ressalta os cuidados dos profissionais no tratamento dos pacientes. “Espero que, depois que tudo isso passar, cada vez mais a Enfermagem seja valorizada e respeitada por todos. Gostaria de dizer aos familiares de pacientes que estão internados no hospital que estamos dando o nosso melhor, estamos fazendo tudo com amor, como se fossem pessoas da nossa família”, ressalta.
Para Alanna, o trabalho é uma missão. “Sempre vivi no mundo da Enfermagem, minha mãe era técnica e depois se formou. Sempre gostei de cuidar das pessoas desde bem cedo. Hoje defino que ser enfermeira foi a missão que Deus me deu porque amo muito o que eu faço, tenho orgulho de dizer que sou enfermeira”, relata.
Mônica Araújo atua na UTI Covid-19 do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), em Fortaleza, cuidando dos casos mais delicados da doença. Formada há sete anos, ela relata que os dias de enfrentamento ao coronavírus têm sido difíceis, mas que a fé e a união entre os colegas são fundamentais.
“Nossos pacientes são mais graves, dependem totalmente de nós. Aqui, eles ficam sem contato com a família e nós mesmos nos tornamos a família deles. Nós enfrentamos a Covid como se estivéssemos numa guerra onde não é possível ver nosso inimigo. Este é um momento delicado e buscamos forças e conhecimento para vencermos juntos”, pontua.
Mônica acredita que a pandemia coloca a Enfermagem em evidência e pede que a população valorize a profissão. “A sociedade está sendo cuidada por nós como sempre foi. Pedimos que todos se atentem à nossa categoria agora e no futuro, pois a Enfermagem vai continuar cuidando de quem precisa dela, desde o nascimento até a morte”, completa.
Coordenadora de Enfermagem do Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza, a enfermeira Eliana Lima destaca que são muitos os desafios no enfrentamento à pandemia, mas a população tem um papel fundamental. “Todo dia é um desafio novo e um dos maiores desafios é que nós precisamos deixar nossos familiares em casa, nossos filhos. Precisamos ter todos os cuidados, mesmo voltando para casa. E nós, profissionais da saúde, pedimos: fiquem em casa”.