A mais legítima e indiscutível mensagem de um pleito eleitoral é de que o grande protagonista de uma campanha é o eleitor, que demonstra a sua efetiva participação na democracia, após o resultado das urnas, pelo observatório e andamento das decisões do mundo da política, principalmente no ideário municipalista. A força do voto é sublime, e cada município, cada região, a um novo pleito acaba desenhando ou redesenhando o perfil do seu eleitorado, confirmando o anseio por mudanças ou a satisfação pelo desempenho do governo local, não de forma, isolada, muito embora, o voto seja individual e secreto, mas com uma plena harmonia desse eleitorado ao ideário municipalista que também deve estar na mesma sintonia com as perspectivas e comportamento de seus representantes não apenas quando candidatos, mas, principalmente, enquanto eleitos.
Tal seja a atenção, exigência ou
cultura deste eleitorado, que, pela análise dos dados, até arriscamos em
afirmar que historicamente em Coreaú, município da microrregião do Sertão de
Sobral, Prefeito não se reelege.
Romper com este ciclo requer todos
os cuidados por parte dos eleitos durante os 365 dias dos quatro anos de
mandato, e não apenas como alguns fazem, quando depois de eleitos, em querer
cuidar de cumprir o dever de seu mandato e atender às expectativas do
eleitorado “apenas nos quarenta e quatro minutos do segundo tempo do jogo”.
Assim como em 2012 ,o Roner, em 2020, também não consegue renovar o mandato,
pois o eleitorado coreauense conferiu a Edezio Sitonio e Érica, do PDT, essa
renovação, elegendo-os prefeito e vice-prefeita para o mandato de 2021 a 2024. Em
2012, Érika também recebeu deste eleitorado a confiança para estar à frente do
Executivo neste município, obtendo índices de grande aprovação do seu governo,
mas dada a exigência ou à cultura democrática, esse eleitorado também não se
mostrou seguro quanto ao instituto da reeleição, quando se trata de eleição
municipal. E, agora, com Érika retomando a expressiva confiança do eleitorado,
consolida-se na história a aprovação de seu governo na leitura que fazem os eleitores.
Também como em eleições
anteriores, em eleição polarizada, a diferença entre o primeiro e o segundo
candidato, em números reais de votos válidos foi de uma margem não tão robusta,
mas em termos de vantagem até igual a de 2012 ou um tanto maior que em 2016, pois em
2020, essa diferença também se fez margem de 579 votos, porém, que expressam a
manifestação da vontade da maioria num pleito democrático. Roner (PSB) obteve
48,21% dos votos, 7.801 votos válidos.
De todo o eleitorado local, 16.746 votantes compareceram às urnas, 89,19%, ao passo que o índice que representa a quantidade dos que não foram votar foi de 10,81%, ou seja, 2.029 eleitores.