Diante da possibilidade do fim do auxílio emergencial a partir de janeiro de 2021, setores da indústria e do comércio mostram preocupação com a perda desses recursos em um momento no qual algumas atividades ainda estão dando os primeiros passos de um longo e doloroso processo de recuperação. Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, diante da queda dos casos de Covid-19 e da "forte retomada econômica", o benefício deverá ser extinto no fim deste ano. "Do ponto de vista do Governo, não existe prorrogação de auxílio emergencial", enfatizou Guedes.
Para Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), os benefícios concedidos pelo Governo Federal para atenuar os efeitos da pandemia têm sido, até agora, fundamentais para o setor varejista. Ele diz que o corte do auxílio neste momento poderia criar um cenário de incerteza para o setor, sobretudo, se forem adotadas novas restrições ao funcionamento do comércio, na hipótese de piora no panorama sanitário.
Mesmo diante dos sinais de recuperação econômica, segmentos do comércio e da indústria ainda dependem dos recursos para se manter aquecidos. Mas o debate em torno do auxílio passa também pela situação fiscal do País.