A quinta-feira, dia 3 de
março, marca a abertura da chamada Janela Partidária,
período no qual os parlamentares podem trocar de partido, sem risco de perda do
mandato. Neste prazo acontecerão as primeiras definições concretas para a
Eleição 2022, com a confirmação dos partidos pelos quais as principais
lideranças irão às urnas.
Na bancada cearense na Câmara dos Deputados, pelo menos sete dos 22 parlamentares podem
trocar de partido em busca de melhores condições para tentarem a reeleição ao
cargo ou mesmo para disputa de outros cargos eletivos. A janela deve trazer
novidades para as disputas legislativas, mas também para a sucessão de Camilo
Santana (PT).
BASTIDORES DAS
MOVIMENTAÇÕES
O deputado federal Capitão
Wagner, atualmente no Pros, campeão de votos para o cargo no pleito
passado, com mais de 300 mil votos, puxa a fila dos parlamentares que devem
trocar de legenda.
Ele diz já estar com a ficha de filiação ao União Brasil assinada para dar entrada neste início de janela partidária. Wagner quer comandar o partido – que passou a ser o maior do Brasil, após a fusão entre DEM e PSL. Trata-se, portanto, de um ativo importante para o pré-candidato ao governo do Estado.
Célio Studart, o segundo mais votado para o cargo na eleição 2018, com mais de 200 mil votos, também deve ter uma nova legenda.
Ele deixa o PV para se filiar
ao PSD, do ex-vice-governador Domingos Filhos. A confirmação deve ser também no
início do prazo para trocas de partido.
Outro membro da bancada cearense que pode trocar de partido
é Danilo Forte.
Atualmente no PSDB, ele pode acompanhar outros colegas de legenda que podem
também integrar o União Brasil. A possibilidade de troca, entretanto, ainda não
é confirmada.
Denis Bezerra, que está no PSB, é outro cujo nome é
citado nos bastidores para trocar de legenda. Uma das possibilidades seria uma
migração para o PDT, mas o parlamentar nega a possibilidade. Ele diz que tem
recebido convites, mas que o foco agora é organizar o congresso estadual do
PSB, que ocorrerá no dia 26 de março, fim deste mês.
Genecias Noronha, do Solidariedade, ex-coordenador da bancada cearense no Congresso Nacional, é outro que integra o banco de apostas para mudança de partido.
Uma das possibilidades é ir
para o MDB. Para a eleição, entretanto, o candidato apoiado por ele deverá ser
o filho, Mateus Noronha.
Pedro Augusto Bezerra é filiado ao PTB, mas
está na iminência de deixar a sigla. Desde que o partido mudou sua direção
estadual, Pedro estuda buscar novo destino. Ele pode ir para o PDT.
Nas eleições, ainda há possibilidade de ele não ser
candidato, abrindo espaço para o pai, Arnon Bezerra, ex-prefeito de Juazeiro do
Norte.
Vaidon Oliveira (Pros) foi eleito com a menor
votação da bancada cearense em 2018. Com pouco mais de 30 mil votos, ele acabou
beneficiado pela alta votação do correligionário Capitão Wagner.
Há a possibilidade que ele deixe o Pros e se filie também ao União Brasil.
(Diário do Nordeste)