A investigação tramita na 1ª instância da Justiça Federal. Em despacho no fim de dezembro, o delegado do caso informou ao juiz que, até aquele momento, não havia pessoas com foro privilegiado como alvo do inquérito.
A investigação teve início para apurar desvios em um contrato do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), mas expandiu seu foco após quebras de sigilo telemático e gravações ambientais que mostraram a atuação de um grupo de empresas em contratos milionários firmados com o governo federal e administrações estaduais e municipais.
A Overclean passou a causar temor entre políticos após a PF apreender R$ 1,5 milhão, anotações e planilhas em um avião que viajava de Salvador para Brasília.
O material está em análise, mas já embasou pedidos de prisão na segunda fase da operação contra suspeitos de desvios em contratos com cidades da Bahia.
Agora, a PF continua a analisar as informações coletadas nas duas fases e no avião, para identificar quem se beneficiava dos desvios já mapeados em contratos públicos.
Com três ministérios na Esplanada – Comunicações (Juscelino Filho), Turismo (Celso Sabino) e Integração Nacional (Waldez Góes) –, o União Brasil, comandado por Antonio de Rueda, tem, em sua cúpula, integrantes com algum tipo de ligação com os investigados.
O próprio presidente da sigla é um dos que mantinha relação próxima com um dos alvos da investigação.