Uma grande festa ocorrerá neste fim de semana no Pier Mauá, na região portuária do Rio de Janeiro. Vai ter roda de samba com Pretinho da Serrinha, Teresa Cristina e Roberta Sá. Vai ter também o Samba do Trabalhador, com Moacyr Luz, e Dudu Nobre, além de apresentações das baterias da Mangueira, da Grande Rio e da União de Maricá, escola montada pelo deputado federal Washington Quaquá, em 2015, quando era prefeito da cidade da Região do Lagos. Uma programação cultural de fazer inveja a muito carnaval Brasil afora.
Tudo isso para comemorar os 45 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores. O clima, no entanto, está mais para guerra do que para folia. A sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz aniversário no poder e tem de lidar com problemas decorrentes dessa condição. São assombros com a baixa popularidade de Lula, sua estrela maior, divergências com a política econômica implementada pelo governo de base ampla, disputas internas por cargos e remunerações. No meio disso tudo, torna-se mais evidente a constatação de que, quatro décadas e meia depois de criado, o partido ainda não dispõe de alternativas ao nome de Lula, com 79 anos, para corrida eleitoral de 2026.