A cultura de Sobral está de luto. A atual gestão municipal, comandada por Oscar Rodrigues, vem acumulando provas cada vez mais claras de sua incapacidade para conduzir uma cidade do porte e da importância de Sobral. Políticas públicas que já foram referência nacional estão sendo desmontadas de forma brutal — e a cultura é, sem dúvida, a área que mais tem sofrido.
Equipamentos culturais históricos, que tanto orgulho já deram ao povo sobralense, estão simplesmente parados. A Escola de Música Maestro José Wilson Brasil encontra-se de portas fechadas, enquanto a Banda de Música Maestro José Pedro foi silenciada. O silêncio, aliás, só não é maior do que o do próprio prefeito e do secretário de Cultura, Igor Bezerra.
Logo no início do chamado Novo Tempo, veio a primeira surpresa amarga: as ações culturais foram terceirizadas para um instituto privado, o IVAC. Pontualmente, até houve alguns eventos — Bloco dos Sujos, Festival de Bois e Reisados, São João e Festival de Quadrilhas. Mas, na prática, foram festas animadas por bandas caríssimas que drenaram para bem longe o dinheiro do povo de Sobral. Por aqui, ficaram apenas lembranças, algumas dolorosas, como a tragédia que resultou na morte da dona de casa Josilene durante uma dessas festas.
E o descaso não parou por aí. Informações apuradas pelo Sobral em Revista revelam que até o próprio IVAC foi abandonado pela gestão. Usado num primeiro momento, o instituto hoje amarga o isolamento: não houve sequer uma convocação para explicar os rumos dos projetos acordados, nem uma justificativa para o esquecimento de ações que marcaram a identidade cultural da cidade.
Sobral, que já foi referência em políticas públicas de cultura, agora assiste, perplexa, ao desmonte de sua história. A responsabilidade tem nome e sobrenome: Oscar Rodrigues.
Fonte: Blog Sobral Em Revista