Foi uma reunião ministerial com cara de peça publicitária. Ao abrir o encontro com todos os ministros no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que nem todos teriam direito a fala. A ideia era repassar os argumentos que possam ser usados pelo governo até as eleições de 2026.
No final a reunião, Sidônio lançou uma nova marca para o terceiro mandato de Lula, “Governo do Brasil, ao lado do povo brasileiro”, para substituir o mote “União e reconstrução”, adotado em 2023.
Lula deu o tom a ser adotado nos discursos dos ministros. Em relação à crise com os Estados Unidos, o petista pediu aos auxiliares que incluam a ideia de “soberania” em todas as falas públicas a partir de agora. “É importante que cada ministro faça questão de retratar a soberania desse país. Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos o desaforo, ofensas e petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado com o império, o Brasil ainda seria monarquia”, afirmou Lula.
No discurso, o petista também cobrou engajamento dos ministros do Centrão. Se eles não se sentirem à vontade para defender o governo, sugeriu, podem sair.