O estado de Pernambuco quer que o governo federal crie um novo
benefício voltado especialmente a bebês com microcefalia. De acordo com o
secretário de Desenvolvimento Social, da Criança e Juventude do estado,
Isaltino Nascimento, nem todas as famílias se enquadram nos critérios
para recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“99% das famílias que entravam nas notificações de suspeita de
microcefalia e estavam cadastradas no Cadastro Único ganham até meio
salário mínimo por pessoa, R$ 440. Além disso, 77% delas estão no perfil
de extrema pobreza, mas outra parte não se encaixa no limite de renda
do BPC, de R$ 220 per capita. Mesmo sem se enquadrar, ainda são famílias
pobres e vão enfrentar ainda mais dificuldades. Por isso, a
[necessidade da] pensão”, explica Isaltino Nascimento.