O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque
(PDT), instalou, nesta terça-feira (29/03), a Frente Parlamentar de
Combate ao Mosquito Aedes aegypt. A iniciativa atende a requerimento do
deputado Carlos Matos (PSDB), que presidirá o colegiado.
O presidente da AL assinalou que apesar de ser um momento grave
atravessado pela população, os órgãos de comunicação não têm dado a
devida atenção ao problema de saúde pública. Ele salientou que se antes o
mosquito era transmissor apenas de dengue, hoje transformou-se também
no vetor das enfermidades chikungunya e a zika, esta capaz de causar a
microcefalia em fetos.
Zezinho Albuquerque disse que a frente terá como missão acompanhar
todas as ações de combate ao mosquito realizadas pelo Estado e pelos
municípios, apontando sugestões para que o o enfrentamento ao problema
seja mais efetivo. Além disso vai procurar esclarecer e mobilizar a
população do Estado, no sentido de erradicar o mosquito e,
consequentemente, evitar novos contágios.
“O deputado Carlos Matos foi muito feliz em propor a criação desta
frente suprapartidária que, sem dúvidas, irá apontar muitas sugestões
para contribuir para o fim das doenças transmitidas pelo mosquito”,
enfatizou o presidente.
O deputado Carlos Matos agradeceu a confiança nele depositada pela
Presidência da Assembleia, que o conduziu ao comando da frente. O tucano
observou que a ideia de sugerir a criação desta composição foi a
resistência da epidemia após vários anos de combate. “Vamos verificar o
que está acontecendo de errado nestas ações, ao mesmo tempo vamos propor
medidas que contribuam para um combate mais efetivo do mosquito”,
pontuou. Ele explicou que o trabalho da frente abordará três pontos:
diagnóstico das epidemias, problemas e dificuldades e mobilização da
sociedade.
O deputado Leonardo Pinheiro (PP), que ocupará a relatoria, salientou
que a frente tem um importante papel a cumprir. “Mais uma vez a
Assembleia fez um gol de placa, extrapolando as suas funções de
fiscalizar e produzir leis para abraçar uma questão social tão
importante” ressaltou.
O relator observou que pela primeira vez no país as mulheres estão
sendo recomendadas a não engravidar diante das repercussões da doença
Zyca na formação dos fetos, causando a microcefalia. “Isso não tem
precedentes na história da medicina”, salientou.
O deputado Roberto Mesquita (PSD) sugeriu que o comitê buscasse também o
engajamento das câmaras municipais, de forma a dar maior amplitude ao
trabalho. “O Brasil, em condições bem menos favoráveis, já enfrentou com
sucesso a febre amarela e a peste bubônica. Assim, temos todos os meios
de enfrentar nos dias de hoje essas doenças”, pontuou.
O deputado Capitão Wagner (PR) considerou importante a sugestão de
Mesquita, e sugeriu que os vereadores de todas as cidades “que estão na
ponta”, poderão dar uma importante contribuição. “É uma batalha árdua e a
imprensa também terá um destacado papel nessa luta”.
O deputado Evandro Leitão (PDT) também parabenizou a iniciativa como
uma ação suprapartidária. “Vamos fazer um diagnóstico através de
levantamentos e também fiscalizar a lei aprovada pela Assembleia, que
permite aos agentes de saúde a fiscalizar os imóveis que se encontram
fechados”, disse.
Também participou do evento o chefe de gabinete da Presidência, Roberto Mendonça.