Em reação ao rompimento do PMDB, o governo deflagrou uma operação
para redistribuir cargos na Esplanada dos Ministérios e apressar a
liberação de verbas orçamentárias como forma de tentar garantir os votos
necessários para barrar o impeachment na Câmara.
A ideia é ter, até sexta (1º), um novo ministério formado e, na
próxima semana, realizar a primeira reunião ministerial já com novos
integrantes. “A decisão chega em boa hora porque oferece à Dilma a
oportunidade de repactuar o seu governo. Um novo governo no sentido de
que sai um parceiro importante e abre espaço para um novo governo”,
afirmou o ministro-chefe do gabinete de Dilma Rousseff, Jaques Wagner.
“Se temos o impeachment sem causa, e portanto um golpe, e como ele
trata de votos no Congresso, é claro que é uma agenda do governo
conquistar esses votos”, complementou. Em reunião com o ex-presidente
Lula e demais integrantes de seu núcleo político nesta terça à noite, a
presidente concordou com a necessidade de aumentar o espaço de aliados
como PP e PR, considerados essenciais na estratégia do governo de evitar
a abertura de um processo de impeachment.