Os funcionários públicos estão no limite do superendividamento.
Atraídos pelo crédito fácil, contraem empréstimos que comprometem quase
toda a renda. O consignado deve respeitar o limite de 35% dos
vencimentos com o pagamento de prestações, de acordo com a lei, mas
acaba sendo apenas mais uma entre as várias dívidas que a pessoa tem.
Pela facilidade de concessão, acaba também colaborando para aumentar a
pressão nas contas pessoais.
O volume total de concessões a servidores, atingiu R$ 169,2 bilhões
em fevereiro, aumento de 7,4% em 12 meses, de acordo com o Banco Central
(BC). Quando se divide esse total pelos 11,2 milhões de servidores no
país — muitos dos quais não têm qualquer débito — chega-se a uma média
de R$ 15 mil. O valor representa quase a metade do teto salarial de R$
33,7 mil, os vencimentos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).