O
apelo que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo
Lewandowski, fez aos líderes partidários para reajustar em 41% os
salários dos servidores do Judiciário, dos subsídios de juízes,
desembargadores e até a elevação do teto salarial pago aos ministros de
tribunais superiores dificilmente será aprovado pela Câmara. Líderes do
DEM, PSDB, PP e PSB consideram uma temeridade para as contas públicas a
aplicação do reajuste reivindicado pelo Poder Judiciário.
Além do reajuste salarial dos servidores do Judiciário, também está
previsto no acordo preliminar dos líderes com o presidente do STF a
concessão do mesmo aumento para os funcionários do Ministério Público
Federal. A reivindicação da recomposição salarial reivindicada por
Lewandowski estava prevista há seis meses, quando o governo e parte de
sua base aliada no Congresso aprovou aumento para a Advocacia-Geral da
União. “Nós apoiamos o reajuste e vou orientar a bancada a votar a
favor”, disse ao Congresso em Foco o líder do PMDB na Câmara, Leonardo
Picciani (RJ).