O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), afirmou na terça-feira (19) que a Corte poderá analisar se o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deverá ser retirado da
linha sucessória da Presidência da República caso Dilma Rousseff sofra
impeachment. Segundo na linha sucessória presidencial, o parlamentar é
réu na Lava Jato, o que o impede de assumir o cargo máximo do Poder
Executivo.
Gilmar Mendes também mencionou esta hipótese na
segunda-feira (18), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Segundo esta tese, Cunha poderia continuar como presidente da Câmara,
mas não poderia assumir a Presidência da República. "O que eu disse foi a
questão da possibilidade de Cunha assumir ou não em substituição",
explicou. "Se for controvertido, (o caso) vai acabar chegando aqui (ao
STF)."