segunda-feira, 26 de março de 2018

PATRÍCIA PILAR DIZ QUE "CIRO NUNCA FOI MACHISTA" EM 17 ANOS DE CONVIVÊNCIA

“O CIRO NUNCA FOI MACHISTA”
O tema leva a um pergunta inevitável: como bateu para ela a declaração de 2002 de Ciro Gomes, então seu marido e candidato a presidente da República pela Frente Trabalhista, de que seu papel na campanha era dormir com ele?
— Convivi 17 anos com ele e ele nunca foi machista. Naquela campanha, ele era uma alternativa ao PT e ao PSDB, e estava super exposto, apanhando dos dois lados. Todas as entrevistas dele em que eu estava presente aparecia essa pergunta e sempre de forma provocativa. E, neste dia, já era a terceira ou quarta. Ele já tinha respondido que eu era sua companheira, que conversávamos sobre tudo, porque era isso mesmo, compartilhávamos um projeto de Brasil. Mas aí perdeu a paciência e deu aquela resposta infeliz — diz ela.
Patrícia viu no episódio um sinal desses tempos de hipocrisia.
— Para uma pessoa que não se tornou cínica, é muito difícil aguentar certas coisas. Só que as pessoas muitas vezes preferem os cínicos, os “educados”, que dizem coisas incríveis, mas que fazem o oposto. Isso é terrível. Ele me pediu desculpas, e eu compreendi imediatamente, pelo cansaço e pelo esgotamento que vivi junto com ele.
E, hoje, votaria em Ciro Gomes para presidente?
— Voto nele, claro. O panorama ainda está indefinido (Ciro é pré-candidato pelo PDT), mas não há a menor chance de o meu voto não ser dele.
(Parte da entrevista / O Globo)