segunda-feira, 26 de novembro de 2018

ESTUDO INÉDITO APONTA PERFIL E HÁBITOS DIGITAIS DE LEITORES DE FACT-CHECKING

Uma pesquisa acadêmica recém-concluída aponta o perfil e os hábitos digitais dos leitores de fact-checking no Brasil. De acordo com o estudo, a maior parte dos interessados em notícias verificadas está habituada à leitura crítica, é graduada, tem especialização ou mestrado. Também tem posicionamento ideológico definido: 39% dos entrevistados se dizem de esquerda e 30%, de centro-esquerda. Outros 8% se identificam como de direita e 6, como de centro.
Segundo o levantamento, a maior parte desse público vive nas regiões Sudeste e Sul do Brasil e tem renda salarial aproximada que varia entre dois (R$ 1.908) e dez salários mínimos (R$ 9.540). Conhece mais a Agência Lupa (60,5%), no entanto, confia mais nos dados da Agência Pública (64%). A televisão (41%) e o rádio (34,4%) são os meios de acesso às notícias mais utilizados pela maioria deles para se manter informado sobre o que acontece no país. O smartphone é o dispositivo mais utilizado para ler e buscar informações na internet (98,4%).
Mais da metade dos entrevistados disse não pagar para ler notícias no meio digital (65,9%) e 70% não têm interesse em financiar, doar recursos ou apoiar um projeto no meio digital. Os participantes da pesquisa também revelam sentir uma motivação maior em “curtir” (46%) e “compartilhar” (40,3%) nas redes sociais (Facebook e Twitter) uma notícia verificada. Apenas 28% informaram enviar ou compartilhar uma checagem pelo WhatsApp ou pelo Messenger. Por e-mail, esse percentual cai para 2%.
(Congresso em Foco)