Um barco de pesca brasileiro, com três tripulantes de Camocim, foi atacado por uma embarcação chinesa, a 600 Km da costa potiguar, em águas internacionais.
O ataque, ocorrido na quinta-feira (22), foi motivado pela briga por território de pesca do atum. O RN e o CE produzem 30 mil toneladas por ano do pescado. Isso rende R$ 600 milhões/ano.
Os camocinenses Carlos Derlando, comandante da embarcação, o operador de máquinas/motorista, Ronaldo Moraes e o tripulante Osmar Gomes, viveram o drama e chegaram a imaginar que o pior fosse acontecer.
“Passamos por momentos de extremo pavor, ao ver que a embarcação chinesa vinha se aproximando, com seus tripulantes nos ameaçando. Eles chegaram a jogar em nós objetos cortantes e parafusos de motor (grande)”, relatou o comandante ao seu irmão, o arquiteto Francisco Derlan, através de rádio.
O comandante disse ainda que a tripulação brasileira teve que se ajoelhar, se humilhar e “pedir para que os chineses não os atacassem. Mesmo assim, eles não cessaram a perseguição, que durou cerca de cinquenta minutos. Só pararam quando, após provocarem uma colisão, viram água no convés e imaginaram que o barco brasileiro fosse afundar.
O pesqueiro atacado pertence ao empresário Everton Padilha, da empresa Oceano pesca I, que funciona no RN. O ataque ocorreu a 100 milhas de Fernando de Noronha, ao sul.
A embarcação do Brasil iria ficar no mar até o final deste mês. Por conta doa ataque, que causou um dano no casco, o retorno foi antecipado para sábado (24).
A Marinha, por meio da do 3º Distrito Naval, explicou que não tem jurisdição sobre águas internacionais. Veja reportagem do GloboNews sobre o caso (AQUI).
Com informações do Portal do Delta