Fique em casa, só saia para
atividades essenciais – e, ao fazê-lo, procure manter 1,5m ou 2m de distância
das outras pessoas. Essa tem sido a orientação das autoridades sanitárias da
maioria dos países. Mas, segundo um estudo publicado por duas universidades
europeias, ela só é válida para quem está parado: ao caminhar ou correr, um
indivíduo pode exalar ou inalar microgotículas contendo vírus num raio muito maior, de até 10 metros.
Os cientistas utilizaram um
túnel de vento e ferramentas de CFD (fluidodinâmica computacional) para
entender como partículas contendo o vírus podem se espalhar dependendo da
atividade física que uma pessoa está realizando. Ao correr ou andar de
bicicleta, o indivíduo se desloca muito mais depressa do que se estivesse andando.
Isso significa que, se ele for portador assintomático do SARS-CoV-2, pode
espalhá-lo por uma área maior. Os praticantes de atividades físicas também
correm maior risco de pegar o vírus, justamente porque se
deslocam mais depressa – e podem acabar entrando em “nuvens” que contenham
SARS-CoV-2 em suspensão.