Em seu discurso de balanço das
atividades como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizado nesta
quinta-feira (17/2), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que
tentativas de desacreditar o processo eleitoral no Brasil são uma “repetição
mambembe” do ex-presidente norte-americano Donald Trump, por ter perdido o
pleito de 2020.
“Aqui no Tribunal Superior Eleitoral, procuramos fazer a nossa parte na
resistência aos ataques à democracia. Aliás, uma das estratégias das vocações
autoritárias em diferentes partes do mundo é procurar desacreditar o processo
eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que ‘se eu não
ganhar houve fraude’. Trata-se de repetição mambembe do que fez Donald Trump
nos Estados Unidos”, afirmou.
Para ele, Trump procura
deslegitimar a vitória de seu oponente fazendo com que multidões acreditem na
mentira. “Em reação às estratégias antidemocráticas, o TSE, para além dos
pronunciamentos incisivos de seu presidente e outros ministros, tomou uma série
de medidas concretas”, ressaltou.
Entre
as ações citadas por Barroso, estão a instauração de procedimento
administrativo exigindo a apresentação das provas de fraudes alegadas pelo
presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). “Desnecessário enfatizar que as
provas não foram apresentadas, porque nunca existiram”, disse em seu discurso.
Ele enfatizou que há, ainda, notícia-crime contra Bolsonaro por reiterada divulgação de notícias fraudulentas, que estão sendo apuradas em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).