A estudante Giovanna Azevedo
Sousa, de 18 anos foi aprovada em 1º lugar no curso de medicina da Universidade
Federal do Ceará (UFC) em Sobral, no norte do Ceará. O resultado foi divulgado
nesta terça-feira (22). Para conseguir a pontuação de 836,36 ela afirma que
chegou a se dedicar cerca de 16 horas de estudos por dia durante as quais
resolvia mais de 200 questões, além de redigir até cinco redações por semana.
A
estudante Giovanna Azevedo Sousa, de 18 anos foi aprovada em 1º lugar no curso
de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Sobral, no norte do
Ceará. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (22). Para conseguir a
pontuação de 836,36 ela afirma que chegou a se dedicar cerca de 16 horas de
estudos por dia durante as quais resolvia mais de 200 questões, além de redigir
até cinco redações por semana.
"Tive várias rotinas diferentes ao longo desses dois
últimos anos de preparação (3º ano do ensino médio e um ano de cursinho
preparatório) que eu adaptava de acordo com as minhas metas, mas a que de fato
fez com que eu chegasse ao primeiro lugar foi a última, de cerca de 16 horas de
estudo por dia, em que eu acordava 4 horas da manhã e ia dormir 21h30, 22h por
aí", explica.
Apesar de ter
nascido em Sobral, Giovanna passou quase toda a infância na cidade de
Frecheirinha, onde mora a maior parte da família. Aos 13 anos ela voltou a
Sobral para continuar os estudos em uma escola particular. Foi lá que recebeu
os primeiros incentivos para escolher a medicina como profissão para a vida.
"A adaptação não foi tão complicada como eu achei que
seria, já que a minha família veio junto comigo e sempre esteve do meu lado,
nunca deixando eu desistir dos meus estudos. Vim pra Sobral no meu 8º ano, mas
eu só fui de fato conhecer a disciplina, o foco e a determinação nos estudos
quando eu entrei para o colégio onde estudei e pude contar com o apoio de todos
os funcionários, que me abriram os olhos para a medicina", revela.
Além do bom
desempenho na média geral das provas, a estudante se destacou também na redação
do exame. "A minha nota de redação, 980, foi fruto de muito treino com os
professores Hermeson Veras e Augusto Melo aos quais eu sou grata por sempre
corrigir os meus erros e me preparar para qualquer tema", agradece.
Ajudar as
pessoas
Os pais sempre estiveram presente na rotina da jovem. Eles a
acompanharam durante todo o ciclo escolar nas duas cidades onde ela precisou
morar. Hoje concursados, eles serviram de exemplo para que a estudante pudesse
também alcançar o objetivo de ser médica.
"Sem nenhuma dúvida a minha família foi o que me manteve de
pé, não teve nenhum dia em que eles não me incentivaram. Além do exemplo que
meus pais me deram, porque foi estudando para concursos que meu pai e a minha
mãe conseguiram passar um dia e hoje sustentar a nossa família," se
orgulha.
Com a vaga conquistada depois de muitos dias e noites de
renúncias para se dedicar aos livros, a futura médica espera ajudar o máximo de
pessoas possível, além de cada vez mais engrandecer a família.
"Eu espero conseguir viver todas as experiências que esse curso oferece. Conseguir, dando um passo de cada vez, ser alguém que possa ajudar as pessoas, fazer a diferença, trazer orgulho pra minha família e honrar a graça que Deus me proporcionou", diz.
Dicas para a prova
Giovanna aproveitou a oportunidade para revelar alguns passos
que ela resolveu seguir para se dar bem nas provas. Uma das táticas usada por
ela é começar pela redação e revisar muitas vezes as questões.
"No primeiro dia de Enem eu começo sempre com o
rascunho da redação, depois faço as 45 questões de linguagens, leio e releio o
meu rascunho, faço as 45 de humanas, passo a limpo minha redação e reviso as
questões que eu tive mais dificuldade. No segundo dia eu começo por matemática,
depois vou para ciências da natureza e antes de marcar o gabarito eu tento
revisar o máximo de questões, principalmente as que considero mais fácil",
revela.
Para os
candidatos que não conseguiram passar, ela aconselha que não desistam nunca de
tentar, tantas vezes forem preciso, além de nunca deixar de ter esforço e muita
dedicação e não se deixar abater com as quedas pelo caminho.
"Não desista, a universidade pública às vezes parece um
sonho gigante, distante e fora da nossa realidade, mas o nosso esforço e a
nossa dedicação são recompensados. Eu sou a prova disso, saí de 642 pontos no
meu primeiro Enem pra 836, grata pelas quedas que levei para poder entender a
importância de levantar e seguir", diz.
(SITE G1)