Em uma declaração à imprensa, hoje, ao lado do primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán, em Budapeste, o presidente Jair Bolsonaro divulgou informações falsas sobre a Amazônia e disse que o Brasil não destrói a floresta.
Bolsonaro abordou o tema ao mencionar que, antes de estar com Orbán, conversou com o presidente húngaro, János Áder. E que, nesse encontro, o assunto Amazônia surgiu à tona. O tema é motivo de cobranças recorrentes da comunidade internacional desde o início do governo Bolsonaro.
O presidente tem convivido com críticas de que o Brasil não adota políticas ambientais para evitar a destruição da Amazônia, que vem batendo recordes sucessivos de desmatamento. No ano passado, entre outros pontos, o governo foi criticado por ter segurado a divulgação dos dados consolidados de desmatamento para que a medição recente de 13 mil km² de devastação (maior número desde 2006) não fosse conhecida durante o período da COP26.
Além disso, medidas como a defesa do garimpo viraram marcas da gestão Bolsonaro. Informações falsas e distorções sobre dados do meio ambiente também estiveram em discursos do presidente na ONU ou para investidores em Dubai.
Bolsonaro disse que a conversa com Áder "focou a questão ambiental". Os dados usados pelo presidente não correspondem ao que de fato ocorre no meio ambiente brasileiro.
"Há pouco conversei também com o nosso presidente da Hungria, ele se focou muito mais na questão ambiental. Eu tive a oportunidade de falar para ele o que representa a Amazônia para o Brasil e para o mundo. E muitas vezes as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se nós fôssemos os grande vilões no que se leva em conta a preservação da floresta e sua destruição, coisa que não existe", afirmou Bolsonaro.