O Ministério da Educação (MEC) revogou medida que vinha atrasando o
recebimento em dinheiro das empresas de educação pelo Financiamento
Estudantil (Fies). A regra implementada em 2015 restringia as recompras
de títulos, quando há de fato a entrada de dinheiro no caixa das
empresas, do Fies em 60% do total, segundo cálculos do mercado. Embora
uma reversão dessa medida fosse esperada pelas empresas, investidores
ainda temiam a continuidade das limitações.
No Fies, as empresas recebem como pagamento certificados do Tesouro
que são usados para quitar impostos. Quando sobram títulos, ou seja,
quando o valor supera o montante devido em impostos, esses papéis são
recomprados pelo governo, gerando entrada de dinheiro para as
companhias. Uma portaria no ano passado determinou, porém, que o
montante recomprado pelo governo num mês não pode exceder o montante
estimado de recompras no mês seguinte. Na prática, essa regra sobre as
recompras, ainda em vigor, as tem limitado, gerando alguns atrasos no
recebimento em dinheiro.