Assessores de Jair Bolsonaro são praticamente unânimes em afirmar que o capitão está convencido de suas posições sobre o combate ao coronavírus e não abrirá mão delas até o final da crise, ainda que danos eleitorais ocorram no futuro. A aposta do presidente continua sendo a de que, quando a crise passar, os eleitores voltarão a apoiá-lo. Nesse sentido, o máximo que a equipe pode fazer por ele, até aqui, é colocar todos os dados técnicos como obra e graça do Planalto.
O problema é que muitos ministros começam a ficar constrangidos com a postura do chefe. Porém, ninguém vai sair enquanto perdurar a crise da saúde e, no caso de Paulo Guedes, vem ainda a crise econômica, depois da pandemia, acompanhada da terceira onda, a política. O futuro do Brasil nunca foi tão incerto.
(Denise Rothenburg - Correio Braziliense)