O presidente Jair Bolsonaro não vai demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Mas que ninguém espere dele elogios efusivos à atuação do ministro. Há um discurso de volta ao trabalho, de necessidade de criação de anti-corpo que Bolsonaro pretende manter. O presidente e seus seguidores acreditam piamente que, mais dia, menos dia, esse discurso “vai pegar” com mais força entre os eleitores.
Ocorre que a realidade ainda não se casou com o discurso bolsonarista. O número de casos cresce, o de mortos também. Para completar, as pesquisas que mediram o humor da população nos últimos dias indicam que a população apoia mais o ministério da Saúde, leia-se, Luiz Henrique Mandetta, do que o presidente Jair Bolsonaro.
O ministro não abandonará o barco, conforme relatou aos parlamentares com quem conversou. Nesta tarde, na coletiva, disse que tem 31 anos de medicina e se prepara para cuidar de pacientes. “A família, às vezes, questiona o médico. E o compromisso do médico é com o paciente. Às vezes, a notícia não é boa, a família não gosta. É natural. O paciente agora é o Brasil É normal que muitas pessoas que estão em torno e têm um amor pelo paciente Brasil se preocupem e questionem. Há vontade de acertar. Da minha parte é muito tranquilo. Não é nada desconfortável”, disse Mandetta há pouco.
Ele completou que não há receita para esta pandemia. “Uns dizem que, olha, vamos nos contaminar e passar por isso. É uma leitura. Eu, como estou vendo a queda dos sistemas de saúde de vários países, a minha posição é de cautela. Esse é um tratamento mais lento e quem tem efeito na economia. Não somos insensíveis a isso. E é um nome desses que o presidente se movimenta. Todos queremos o mesmo objetivo. As vezes, temos visões diferentes de como atingir esse objetivo”, disse Mandetta, citando várias ações do “governo do presidente Jair Bolsonaro para tratar da pandemia e seus efeitos colaterais. “Tenho uma coisa na minha vida: Médico não abandona paciente. O foco é no serviço. Esse paciente chamado Brasil quem me pediu para cuidar dele foi o presidente Jair Bolsonaro”.