A sala ficava ao lado do gabinete do ministro, no oitavo andar do prédio do Ministério da Educação (MEC), e foi descoberta por ele logo que assumiu o cargo, ainda em janeiro de 2023.
A aliados o ministro de Lula contou ter sido informado por funcionários do MEC que, durante o governo Bolsonaro, a sala supostamente abrigava servidores da Abin.
A coluna teve acesso a fotos da sala. As imagens mostram que o ambiente tinha acesso restrito. Uma placa na porta informava que somente pessoas autorizadas podiam entrar.
Outros avisos indicavam que o ambiente era monitorado por câmeras e que era proibido usar celular dentro da sala, bem como tirar fotos ou fazer filmagens sem autorização.
As imagens revelam ainda que a sala guardava ao menos três cofres e alguns equipamentos eletrônicos. Entre eles, uma máquina de picar papel, provavelmente usada para destruir documentos.
Outro lado
Procurada oficialmente desde a semana passada, a Abin ainda não respondeu. O espaço segue aberto para manifestação. Extraoficialmente, porém, fontes da agência dizem desconhecer a sala.
Uma fonte da Abin ouvida pela coluna ressaltou ainda que, desde 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, não há sequer servidores do órgão cedidos para o MEC.