A Operação Métis foi deflagrada hoje pela Polícia Federal
para desarticular uma organização criminosa que tentava atrapalhar
investigações da Lava Jato, com suspeita de remoção de escuta instaladas
pela polícia em residências e telefones de senadores investigados pela
Lava Jato. Quatro policiais legislativos foram presos: Pedro Ricardo
Carvalho, diretor da polícia do Senado, Geraldo Cesar de Deus Oliveira,
Everton Taborda e Antonio Tavares. Eles foram suspensos de suas
atividades públicas por determinação da Justiça Federal.
Houve busca e apreensão nas dependências da Polícia Legislativa, no
subsolo do prédio do Senado. Nenhum gabinete foi alvo da ação desta
manhã.
Reportagem da Folha
informa que o aparelho usado pela Polícia Legislativa teria sido
utilizado em seis imóveis ligados a três senadores e um
ex-senador – Fernando Collor (PTC-AL), Lobão Filho (PMDB-MA), Gleisi
Hoffmann (PT-PR) e José Sarney (PMDB-MA) – e que ainda não está claro se
os senadores souberam, pediram ou autorizaram as varreduras.
A investigação começou sob os cuidados
do ministro do STF Teori Zavascki, e uma parte da apuração foi enviada
ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara do TRF-1, porque se
referia a pessoas sem foro privilegiado. Os pedidos cumpridos hoje foram
feitos pela Polícia Federal. O Ministério Público Federal no DF
concordou com todos eles.