Os recursos públicos repassados aos partidos brasileiros pelo Fundo
Partidário representam uma “caixa-preta” de R$ 3,57 bilhões e financiam
gastos obscuros e, em muitos casos, questionados pela Justiça Eleitoral.
Entre as despesas estão viagens de jatinho, bebidas alcoólicas,
jantares em churrascaria e até contas pessoais de dirigentes.
O valor se refere ao total recebido pelos partidos entre 2011 e 2016,
corrigido pela inflação, e está nas prestações de contas à espera de
julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A estimativa da corte é
que o passivo some aproximadamente 560 mil páginas, divididas em
centenas de pastas. As legendas costumam apresentar notas fiscais sem
especificar como, quando, onde e para qual finalidade foi gasto o
recurso público.