O superbloco parlamentar oficializado entre o União Brasil, PP, PSB, PDT, federação PSDB-Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade nesta semana contou com influência de Arthur Lira (PP-AL) e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmam parlamentares ouvidos sob reserva pelo Metrópoles. Com 173 deputados, o grupo divide sua atuação entre governabilidade, disputa por relatorias e, também, o próxima embate pela presidência da Câmara dos Deputados.
Apesar de negarem publicamente, a criação do bloco no formato oficializado nessa quarta-feira (12/4), com nove partidos, foi pensada somente após Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, ser pego de surpresa com a formação de um outro bloco. Esse segundo grupo é integrado pelo MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC, com 142 deputados.
As negociações foram feitas sem o conhecimento do presidente da Câmara, que externou a colegas sua irritação pela movimentação feita sem seu aval. “Quando ele descobriu, isso aqui virou um pandemônio”, comentou uma parlamentar. Ela se disse surpresa com o fato de uma negociação envolvendo tantos e tão importantes partidos não ter chegado aos ouvidos de Lira.
A maior surpresa, segundo um interlocutor do presidente da Câmara, foi o ingresso do Republicanos no grupo. É o partido de Marcos Pereira (SP), 1º vice-presidente da Casa Baixa e um dos nomes cotados para assumir a presidência no futuro. O outro nome cotado é Elmar Nascimento (União-BA), um dos articuladores do superbloco.