60 câmeras espalhadas apoiam o trabalho dos policiais e contribuem para inibir situações de assédio contra torcedoras
Quatro horas antes da partida de futebol começar na Arena Castelão, em Fortaleza, profissionais das forças de segurança do Estado do Ceará já estão em seus postos para garantir o policiamento externo e interno essencial para o evento esportivo. São policiais como a Capitã Maria Freitas, subcomandante da 3ª Companhia (Policiamento de Eventos) do 2º Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do Ceará (PMCE). “Nós chegamos bem antes para preparar o policiamento e fazer a preleção, repassando tudo que vai acontecer durante o jogo, e ficamos até a dispersão da torcida”, diz a capitã.
Em 2023, a Arena Castelão já recebeu 14 jogos
Mas o esquema de segurança começa a ser planejado com bastante antecedência. É o que explica o tenente-coronel e comandante do BPChoque, Eduardo Landim. “A quantidade de policiais sempre será variável de acordo com a análise de risco de cada partida. Por exigência legal, há um plano de segurança elaborado pelo time mandante. Esse plano é discutido pelos órgãos envolvidos, como a Federação Cearense de Futebol, o clube visitante, o Ministério Público do Ceará, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, além dos órgão municipais como Autarquia Municipal de Trânsito, Guarda Municipal, Agência de Fiscalização de Fortaleza e Regionais”, explica Landim.
Cabe à PMCE, portanto, a fiscalização dentro e fora do estádio – antes e depois do apito final. As ocorrências registradas durante as partidas são atendidas pela Delegacia e Juizado do Torcedor localizados no estacionamento da Arena Castelão.
Uma força-tarefa que tem o apoio de 260 câmeras espalhadas por diversos setores do estádio. O monitoramento é realizado no Centro de Controle de Operações (CCO) pela Secretaria do Esporte (Sesporte), Polícia Militar e Polícia Civil.
Reforço em defesa das mulheres
Tecnologia e olhos atentos para prevenir ou responder, por exemplo, a situações de importunação sexual e/ou assédio. É o que observa a capitã Maria. “As torcedoras que vêm ao estádio sempre relatam situações que parecem comuns porque muitas mulheres ainda não têm conhecimento do que se classifica como importunação sexual. É um excesso que ocorre na comemoração do gol ou na ida ao banheiro. No monitoramento conseguimos verificar essas situações e, a depender do que está acontecendo, vamos até a mulher e, se ela se sentir constrangida, oferecemos uma policial feminina para acompanhá-la”, afirma.