Foi publicado na noite desta terça-feira (1º) o acórdão sobre a decisão que deixou Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. No documento, o relator, ministro Benedito Gonçalves, ressaltou que o ex-presidente “flertou com o golpismo“.
“As lives realizadas em julho e agosto de 2021 conectam-se discursivamente à reunião de 18/07/2022 [com diplomatas], em uma espiral de inverdades cada vez mais ousadas. O primeiro investigado, de forma hábil, conseguiu se impor para parte do eleitorado como fonte confiável a respeito do sistema de votação e exerceu esse papel com desprezo às informações técnicas e à verdade dos fatos“, disse Gonçalves.
Em outro trecho, o ministro destaca que Bolsonaro foi responsável pela famigerada reunião com diplomatas, na qual o ex-presidente disse que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não era capaz de entregar resultados autênticos nas eleições de 2022 apenas com o sistema de votação eletrônico. “Uma mensagem factualmente falsa“, classificou o relator.
Além da reunião com os diplomatas, o texto também ressalta lives em que o ex-presidente contesta o voto eletrônico: “O primeiro investigado [Jair Bolsonaro], de forma hábil, conseguiu se impor para parte do eleitorado como fonte confiável a respeito do sistema de votação e exerceu esse papel com desprezo às informações técnicas e à verdade dos fatos. Mobilizando sentimentos negativos, acirrou tensões institucionais e instigou a crença de que a adulteração de resultados era uma ameaça que rondava o pleito de 2022“.
(O Antagonista)