Escrevi nesta terça-feira, 15, pela manhã, uma coluna a respeito da atuação tresloucada, aloprada, tragicômica e quantos mais adjetivos pejorativos possíveis dos principais atores políticos dessa “patuscada” de loucos, que é a adoção de barreiras tarifárias americanas contra o Brasil, sob a alegação infundada de injustiça comercial contra os Estados Unidos e, ainda mais irracional, perseguição judicial e política ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo.
Malufar
Agora há pouco, em troca de mensagens no X com o antigo aliado – e já um comunista na Austrália, Tarcisio de Freitas – Dudu Bananinha assim se manifestou: ”Prezado governador Tarcísio de Freitas, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda.”
Sim, meus caros e minhas caras. Não se trata da Gleisi Hoffmann ou do Guilherme Boulos, não. É Eduardo Bolsonaro, o conservador, patriota, liberal, defensor do capitalismo, do livre comércio e da prosperidade, enfim, que acusa o governador da maior economia da América do Sul – depois do próprio Brasil – de ser “servil às elites”. Só faltou vestir uma camisa do PT, usar um boné do MST e fazer o L. Quem diria, hein? Após dias poupando o presidente brasileiro de suas responsabilidades sobre o tarifaço trumpista, Bananinha “lulou” de vez.
Por causa do envolvimento com a ditadura militar e retumbantes escândalos de corrupção, Paulo Maluf deu origem ao “verbo” malufar. Dizia-se que um político “malufou” quando trocava a militância de centro, ou de esquerda, por um partido de direita ou mesmo do chamado “centrão”. Ou, ainda, quando era pilhado desviando dinheiro público: “Fulano malufou”. Eis a “evolução da espécie”. Eduardo Bolsonaro, vulgo Dudu Bananinha, enfim, lulou. Que seja feliz.
(O Antagonista)