"Estou muito otimista com este momento. Reunir 15 governadores para
discutir uma agenda para o País e debater com o setor produtivo é
fundamental. E que ninguém construa esse pacto contra governo A ou B.
Estamos todos a favor do Brasil", disse o governador Camilo Santana,
durante sua participação nesta quarta-feira (25) no encontro Pacto pela
Reforma do Estado, organizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC),
em São Paulo.
Além de Camilo Santana, o encontro contou com a participação de
outros 14 governadores: Geraldo Alckmin (SP), Paulo Câmara (PE), Ricardo
Coutinho (PB), Luiz Fernando Pezão (RJ), Marconi Perillo (GO), Paulo
Hartung (ES), Fernando Pimentel (MG), Pedro Taques (MT), Confúcio Moura
(RO), José Ivo Sartori (RS), Reinaldo Azambuja (MS), Marcelo Miranda
(TO), Simão Jatene (PA) e Beto Richa (PR).
Camilo Santana citou, durante sua fala no encontro, os problemas que a
Região Nordeste têm enfrentado com relação à estiagem. "Temos vários
'países' dentro do Brasil. Estamos enfrentando o quarto ano consecutivo
de seca, com probabilidade de entrarmos no quinto ano. Temos que ter
olhares diferenciados para cada estado, para cada região", disse.
União entre os estados
Durante o Congresso Brasil Competitivo, realizado último dia 22 de setembro, em São Paulo, foi proposto o desafio de se criar uma coalização para repensar o Estado, que já conta com a participação de 16 governadores (os 15 presentes hoje e o Distrito Federal) e do Movimento Brasil Competitivo, além do apoio de líderes empresariais.
Esta coalização público-privada tem a missão de contribuir para um
Estado mais eficiente e capaz de responder aos desafios da sociedade
propondo uma agenda de transformações compartilhadas. Os debates terão
foco na melhoria da oferta de serviços prestados à população, sendo o
Estado um indutor e facilitador do desenvolvimento e da competitividade
brasileira.
A agenda será trabalhada no âmbito estadual e federal, com a
construção de propostas de curto, médio e longo prazo, de acordo com o
desenvolvimento dos trabalhos. O processo de construção das ações será
contínuo e envolverá as equipes técnicas dos estados. "Vejo este momento
como histórico", resumiu o empresário e presidente do Movimento Brasil
Competitivo, Jorge Gerdau Johannpeter.