O Plenário do Senado decidiu, por 59 votos a 13, com uma abstenção, a prisão
do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), determinada
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã de quarta-feira (25).
Além do petista, o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual,
do chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, e do advogado Édson
Ribeiro.
Delcídio foi citado pelo ex-diretor da área internacional da
Petrobras Nestor Cerveró e pelo lobista Fernando Baiano como
beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo as
investigações, o senador tentou impedir a delação premiada de Cerveró,
oferecendo-lhe até uma ajuda de fuga, conforme indica gravação feita
pelo filho do ex-diretor da Petrobras. Em depoimento, Baiano afirmou que
Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de propina pela compra da refinaria de
Pasadena, nos Estados Unidos.
O senador fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobras entre
2000 e 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso. Desde o início do
ano, é líder do governo Dilma no Senado e presidente da Comissão de
Assuntos Econômicos da Casa.