A semana na Câmara dos Deputados promete ser movimentada em razão da
disputa para a sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da
Casa. O primeiro ponto de tensão gira em torno da definição da data da
eleição. Desde a renúncia de Eduardo Cunha, na quinta-feira (7), aliados
do peemedebista travam uma disputa com o presidente interino da Casa,
Waldir Maranhão (PP-MA), que determinou a realização do pleito na
próxima quinta-feira (14).
Líderes de partidos da base aliada do governo do presidente interino
Michel Temer convocaram uma reunião do colégio de líderes, quando
defenderam a fixação da data da eleição para terça-feira (12),
desautorizando a decisão do presidente interino Waldir Maranhão.
Participaram da reunião os líderes do PMDB, PEN, PTB, PSC, PP, PTN, PR,
PRB, PV, PHS, SD, Pros e PSL.
Descontentes com a fixação da eleição para terça-feira, os líderes do
PT, PSDB, PSB, DEM, PDT e Rede abandonaram a reunião. Segundo essas
lideranças, a eleição na terça-feira seria uma forma de ajudar Eduardo
Cunha, pois inviabilizaria a reunião da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), marcada para votar o parecer de recurso do deputado
contra a aprovação, na Comissão de Ética, de seu pedido de cassação.
Mas sexta-feira (8), Waldir Maranhão publicou decisão revogando a
deliberação do colégio de líderes partidários tomada na tarde de
quinta-feira de convocar para a terça-feira (12) uma sessão
extraordinária para a eleição do novo presidente da Cêmara dos
Deputados, mantendo a eleição para o dia 14.