A Heineken admitiu, pela primeira vez, que está em negociações para a
compra dos ativos da Brasil Kirin. Conforme adiantou o Estado, as
negociações ocorrem desde julho de 2016. Agora, segundo fontes de
mercado, o acordo poderia ser fechado nas próximas semanas.
No comunicado, porém, a Heineken afirma que, embora as conversas
existam, não há garantias de que o acordo sairá. Em nota sobre o
assunto, a Kirin informou que “está revisando todas as opções
relacionadas a uma potencial transação” envolvendo o Brasil.
Pessoas próximas ao negócio esperam que a japonesa Kirin, que pagou
mais de R$ 6 bilhões para ficar com as marcas e as fábricas da
Schincariol entre 2010 e 2011, saia do Brasil com forte prejuízo. A
expectativa é que o valor pago pela Heineken seja pelo menos 50%
inferior ao desembolso de seis anos atrás.
Depois da compra pela Kirin, as antigas marcas da Schin perderam
participação de mercado. A operação brasileira passou a consumir caixa e
levou a Kirin Holdings ao primeiro prejuízo global desde sua fundação.
Por isso, mesmo com a expectativa de perdas, a ordem da matriz seria
sair do Brasil.
O Estadão