Os delatores da Odebrecht contaram detalhes de um sistema de delivery
para entregar propina em casa. A entrega era feita por motoboys – como
se fosse um pedido de pizza. Em vez de pizza, o motoboy levava um
envelope. E dentro do envelope, a propina.
Delatores descreveram os locais de distribuição de suborno. O
delivery da corrupção cobria entregas nos gabinetes da Esplanada dos
Ministérios e até nas casas de políticos.
O senador Edison Lobão, um dos citados, disse que nega veementemente o
recebimento de qualquer tipo de dinheiro e espera que a palavra do
delator não tenha validade, desacompanhada de provas.
O senador Fernando Collor também negou ter recebido qualquer vantagem indevida não contabilizada na campanha eleitoral de 2010.
O ministro Vital do Rêgo disse que está à disposição das autoridades e
que confia que qualquer dúvida sobre a sua conduta será devidamente
esclarecida.