quarta-feira, 22 de maio de 2019

CENTRÃO DESISTE DE MINISTÉRIOS PARA EVITAR ACUSAÇÕES DE “TROCA DE FAVORES”

Câmara. Maia defendeu projeto após sua aprovação em plenário
Após 12 dias de negociação, o governo conseguiu fechar um acordo para levar ao plenário da Câmara a Medida Provisória 870, da reforma administrativa. A votação está prevista para esta quarta-feira (22). Entre os consenso estabelecidos está a retomada de um trecho do texto original com a manutenção do Ministério do Desenvolvimento Regional que havia sido desmembrado em duas pastas, Integração Nacional e Cidades, no relatório que será analisado.
A decisão de recriar os dois ministérios, fundidos no início do governo Jair Bolsonaro, ocorreu em meio às conversas para avalizar a aprovação do parecer do relator, o senador Fernando Bezerra(MDB-PE), na comissão especial. A reivindicação partiu de grupos do Centrão - bloco formado por PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade -, liderados pelo líder do PP, Arthur Lira (AL). Nos bastidores, a ideia é que o comando dos novos ministérios, e também os cargos comissionados e de confiança, fosse distribuída entre os partidos. Em reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e Fernando Bezerra, o presidente Jair Bolsonaro deu seu aval.
Entre as várias polêmicas da MP, a que mais irritou os partidos do Centrão foi a acusação de que estavam "baganhando" cargos, "trocando favores". Essas críticas partiram de aliados do presidente Jair Bolsonaro que se opuseram às mudanças no texto original enviado pelo governo.  Para afastar a pecha de "negociadores" e de estimladores de "troca-troca", o grupo abriu mão desse ponto da MP.