O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seguirá recomendação apresentada na noite de
terça-feira (14) pelos infectologistas que prestam consultoria sanitária para
as eleições municipais, e vai excluir a necessidade de identificação biométrica
no dia da votação.
A
decisão foi tomada pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, após
ouvir os médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da
Fundação Fiocruz, e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein,
que integram o grupo que presta a consultoria.
Técnicos
do tribunal também participaram da primeira reunião da consultoria sanitária,
que é prestada de forma gratuita e pretende estabelecer um protocolo de
segurança, que deverá ser replicado em todas as seções eleitorais do Brasil.
Para
decidir excluir a biometria, médicos e técnicos consideraram dois fatores: a
identificação pela digital pode aumentar as possibilidades de infecção, já que
o leitor não pode ser higienizado com frequência; e aumenta as aglomerações,
uma vez que a votação com biometria é mais demorada do que a votação com
assinatura no caderno de votações. Muitos eleitores têm dificuldade com a
leitura das digitais, o que aumenta o risco de formar filas.
A
questão deverá ser incluída nas resoluções das Eleições 2020 e levada a
referendo do plenário do TSE após o recesso do Judiciário.