segunda-feira, 4 de junho de 2018

PREOCUPAÇAO COM A PERDA DE VOTOS PELA ABSTENÇÃO, ANULAÇÃO OU O BRANCO

Nas eleições municipais de 2016, Fortaleza tinha 1.692.597 eleitores aptos a votar, mas apenas 1.404.295 compareceram às urnas, registrando-se, naquele momento, uma expressiva abstenção. Pior ainda, do total que obrigatoriamente foi votar, precisamente 117.785 optaram por outras formas de repúdio: 35.443 eleitores optaram por deixar em branco os espaços destinados ao voto de prefeito e de vereador, enquanto 82.342 fortalezenses prefeririam anular o voto.
Ontem, um artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no site do jornal Estado de S. Paulo, quando ele analisa e adverte para a gravidade da situação nacional, ele fala da abstenção eleitoral, dentro do trecho em que afirmar vivermos uma “normalidade aparente. As causas da insatisfação continuam, tanto as econômicas como as polí­ticas, que levam na melhor das hipóteses à  abstenção eleitoral e ao repúdio de tudo o que aí­ está. Portanto, o governo e as elites polí­ticas, de esquerda, do centro ou da direita, que se cuidem, a crise é profunda”.
A expectativa dos políticos cearenses é que em 2018 vamos ter sim uma das maiores perdas de voto, não só por conta da abstenção, mas, principalmente pela anulação ou o voto branco. A abstenção impõe ao eleitor uma multa por não ter comparecido para satisfazer a obrigação legal de ir a uma seção eleitoral no dia da votação. O voto nulo ou branco é um direito de manifestação que o eleitor tem.
Esse sentimento dos políticos quanto ao tamanho da perda de votos é fundado nas reações que eles hoje sentem quando abordam o eleitor, quase sempre contundente nas críticas aos políticos e os desmandos dos governantes.