
O resultado da votação da ajuda aos estados e municípios na Câmara foi recebido no Palácio do Planalto como uma espécie de recado ao governo sobre a pauta econômica: em tempos de pandemia, o que vier em termos de ajuste fiscal será castigado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, obteve apenas 70 votos, o que aponta a menor base governista desde a redemocratização do país. Com isso, o presidente Jair Bolsonaro tenta se resguardar no Senado, onde o cenário, embora mais ameno, não chega a ser um “céu de brigadeiro”.
Conforme antecipou o Blog da Denise, no site do Correio Braziliense, a tendência do Senado hoje é fatiar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento de Guerra, promulgando apenas a parte relativa às autorizações para gastos. A parte do Banco Central e compra de títulos privados deve retornar à Câmara. Quanto à ajuda aos estados, o Senado, conhecido como a “Casa da Federação”, terá dificuldades em atender ao governo federal. Mas a avaliação dos governistas é a de que nem tudo está perdido.