Fumar acelera o processo de envelhecimento do cérebro e pode piorar a
capacidade para tomar decisões e resolver problemas, segundo um estudo
publicado nesta quarta-feira (18) na revista “Molecular Psychiatry”.
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, analisaram
dados de ressonâncias magnéticas de 504 homens e mulheres de uma idade
média de 73 anos, metade dos quais eram fumantes ou ex-fumantes.
A análise desses exames mostra como a crosta cerebral dos fumantes
perdeu parte de sua grossura a um ritmo maior que naquelas pessoas que
evitaram o tabaco durante toda sua vida. A área danificada é uma região
do cérebro ligada a funções básicas da mente humana como a memória, a
atenção, a linguagem e a consciência.
O estudo sugere que deixar de fumar poderia permitir à crosta
cerebral recuperar parte de seu tamanho original, apesar de serem
necessários “mais estudos para comprovar”, advertiu Ian Deary, autor
principal da pesquisa. Os participantes do estudo que tinham deixado de
fumar antes apresentavam uma crosta cerebral mais grossa que aqueles que
tinham abandonado o hábito há pouco tempo ou que continuavam fumando, o
que sugere que o córtex pode se regenerar.